A movimentação em Macapá foi grande a semana toda e creio que contagiou muitas pessoas. Particularmente, achei simplesmente um avanço na cena musical ter um show do porte da banda Angra, mas não tinha tantas expectativas, por não ser fã. Até então, nem mesmo cogitei ir ao show, só ouvir os comentários posteriormente. Domingo (31) chegou e com ele, uma chuva inconveniente que me fez desistir totalmente de ir até o Sambódromo, onde rolaria a apresentação dos caras e o show da banda Hidrah, (perdi este, mas tenho certeza que eles detonaram). Percebi que as melhores festas/show/saídas são quando ninguém planeja e acontecem de surpresa.
Toda esta introdução não foi à toa, quem descreve este dia aqui não é uma fã do som do Angra. Cheguei ao Sambódromo com alguns amigos e a chuva teimosa continuou a cair. Tudo bem, estávamos dispostos a continuar por lá até começar o show, que começou com 1h30 de atraso. O palco estava bem localizado (não sei descrever qual área do sambódromo, mas era possível assistir de qualquer distância), chão coberto com areia e chuva. Jogo de luzes, um solão de guitarra e a banda começou o show.
Era motivador ver tanta gente vibrando na chuva, aquela visão clássica de um verdadeiro show de metal em Macapá. Foi único (por enquanto, espero). Entre músicas do álbum Angels Cry, e a famosa "Nothing To Say", que percebi o quanto todos os músicos da banda estavam realmente afim de tocar e animados e isso não é tão óbvio quanto parece. Já vi algumas apresentações de gente "famosa" em Macapá, totalmente apáticos. O Angra está fora desta lista.
Para encerrar a apresentação: "Toca Carry On"! E eles tocaram. O show terminou e não virei fã do Angra, mas sem dúvida saí dali com mais admiração por eles como artistas/músicos por se entregarem ao show de maneira real. E não foi só por eles que o show foi bom, o público contribuiu por curtir a música, por vibrar e não arredar pé enquanto a chuva caía. Porque quem tá na chuva é pra bangear!
Camila Karina
