17 de julho de 2012

Dia Mundial do Rock – Amapá/13ª Edição

Às vezes eu fico pensando o que seria de mim se não existisse o rock’n roll e eu fosse mais um membro filiado na "Equipe dos Acorrentados Águia de Fogo Super Pop Faz O “S” de Macapá". Penso em como seria difícil ficar revoltada com o sistema político e ir pra frente dos órgãos públicos ao som de “Pare! Até quando você quer mandar e mudar minha vida? Pare! Meus desejos e suas vontades estão divididas...”.

A verdade é que por mais porra loucas que sejamos, o Rock’n roll salvou nossas vidas. E tem feito isso todos os dias, seja qual o seguimento com o qual nos identificamos. E foi com esse espírito de devoção/gratidão, que na sexta feira 13 (que propício, não?!), os cidadãos rockrs da cidade de Macapá e adjacências vestiram a sua rebeldia e foram até a Praça da Bandeira celebrar o primeiro dia de comemorações ao Dia Mundial do Rock, que em sua 13ª edição foi organizado pela Sonora Produções, Imperial Music e Liberdade ao Rock.

O palco mais democrático do rock amapaense estava com um bom esquema de som e iluminação atraente. Passaram por ele 20 bandas locais e uma banda convidada, a Vseis!, vinda de Cayenne, na Guiana Francesa. Além da barraquinha do Liberdade ao Rock, que estava vendendo CDs e camisetas do rock das bandas de cá.

Para nos encher de orgulho da produção de rock local, as bandas que se apresentaram foram L.B.R, Desiderare, Capital Morena, Dkoff, Invasores do Forte, Blackout, Exillius, Subordinados, Os Arranjados, Heloin, Gravidade Zero, The End, Diyng breed, Arma de Fogo, Mysterial, The hides, Nova Ordem, Beatle George, Urubu Mortalha e Dama de Preto. (algumas dessas bandas não se apresentaram, mas não sei quais, foram cortadas por causa do tempo)

Apesar de o tempo que todas tiveram para executar suas canções ter sido bem reduzido, dada a quantidade de bandas para o tempo determinado, deu pra sentir a sonoridade da galera e é claro, dar a sua contribuição para o dia de homenagens ao bom e velho rock’n roll.

Mas, oh, céus, algo ainda me intriga. A banda Dama de Preto (AP) foi vaiada por tocar uma versão metal de Lady Gaga, porém a V6! foi aclamada por tocar um bregoso rasgado (o qual muita gente dançou e se esbaldou). Não entendi o critério utilizado pelo público para os aplausos ou represarias. Se musical ou regional. Enfim, serão mesmo os deuses astronautas?

No geral, o riff inicial para as comemorações do Dia Mundial do Rock foi muito bem organizado e nos fez sentir a devoção pelo ritmo que virou ideologia. Ser rockeiro não é ser babaca e sem noção, o verdadeiro rockeiro é aquele que abre sua mente para a crítica social, espiritual e ideológica, e afoga tudo isso em uma sonzeira bem executada que arrepia nossa alma.

Feliz dia Mundial do Rock, bebê!


De onde veio esse papo de Dia Mundial do Rock?

Há 27 anos atrás, em 13 de julho, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show que aconteceu simultaneamente em na Inglaterra e nos Estados Unidos, que reuniu artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins , Eric Clapton e Black Sabbath. O motivo do evento era um manifesto para chamar a atenção do mundo para o fim da fome na Etiópia. Em 2005, Bob Geldof organizou uma nova edição do evento, com shows em mais países e o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.

No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd tocou junto, depois de 20 anos de separação.

Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.

Mais fotos aqui

Fotos do show o Dr. Sin que rolou no dia 16 de julho, aqui

FIM.

Camila Ramos

Nenhum comentário: