23 de julho de 2014

Artista Joca Monteiro protesta por melhorias nas ruas da comunidade da Baixada Pará



Artista realizou protesto na Avenida Pará, em Macapá (Foto: Joca Monteiro/Arquivo Pessoal) 
Artista realizou protesto na Av. Pará, em Macapá (Foto: Joca Monteiro/Arquivo Pessoal)
“Quem sabe eu me lembre disso tudo, pois nem tudo que escrevo gosto de contar (...). Quem sabe, talvez, um dia na Baixada Pará”. Com um poema de cinco estrofes, flores e caracterizado como um palhaço, o artista amapaense Joca Monteiro, de 33 anos, resolveu expor a revolta que sente toda vez que caminha na Av. Pará, no bairro Pacoval, Zona Norte de Macapá, região onde mora desde criança. A via está intrafegável por causa dos buracos e das grandes poças de lama que impedem a passagem de carros e limitam os espaços para os pedestres.


No poema, compartilhado pelo artista no Facebook, ele descreve de forma descontraída e nostálgica o que passou durante toda a vida no local, fazendo referência às brincadeiras e às situações que viveu. Joca é integrante do grupo de teatro Eureca, sediado na via, e revelou que depois de tantas reivindicações sérias por melhorias, ele resolveu usar o talento e o humor para fazer com que a comunidade seja ouvida.
Joca diz que protestos 'sérios' não deram resultados (Foto: Joca Monteiro/Arquivo Pessoal) 
Joca diz que protestos 'sérios' não deram resultados (Foto: Joca Monteiro/Arquivo Pessoal)
“Depois de tantos protestos e nada sendo feito, a Av. Pará está pior a cada dia, prejudicando a nós, artistas do grupo, e as crianças que participam de atividades, como teatro e leitura. Juntos, achamos que uma boa forma de protestar seria com a nossa arte. Nasci aqui, e não quero que a minha filha cresça e viva nessa situação”, contou.


O artista revela que não tem intenção de sair do local, e expressa esse sentimento no trecho “aqui na lama eu pretendo recomeçar”, no início do poema. Em outro trecho também ironiza as promessas para revitalização da via feitas normalmente em períodos eleitorais, segundo ele: “como humilhavam também as bandeirolas coloridas que todos os anos invadiam nossa rua e nossas pontes prometendo mundos e fundos e um monte de blá blá blá”, escreveu Joca, não descartando a possibilidade de realizar outros protestos semelhantes na rua.


O G1 procurou a Secretaria Municipal de Obras (Semob) para esclarecimentos sobre reparos na rua, mas não houve resposta até o fechamento da reportagem.

Fonte: G1 Amapá/Matéria de John Pacheco Do G1 AP

Nenhum comentário: