Já faz um tempo que participo
diretamente da organização de alguns eventos e também vejo a correria de outras
pessoas para fazer qualquer coisa que esteja relacionado a “não deixar o
movimento underground no ostracismo”. A sociedade “subground” (na maioria) desconhece o que é undeground e classifica como rock´n
roll tudo que tem um solo de guitarra e pessoas com visual diferente ou com
tatuagens. Exagerei? Acredito que não. Mas o preconceito está enraizado em
todos nós de alguma forma e, assim como é percebida essa resistência, é
confessável que também temos uma resistência a eles.
Porém, tudo continua no seu curso
vital e pequenas coisas vão melhorando, outras não mudarão nunca e isso não é
pessimismo. Mas o rock´n roll, heavy metal e metal extremo, continuam
nadando contra a maré. Não, não estou falando do Metallica e nem de Beatles,
estou falando das bandas da cidade, com música autoral. É isso aí, dos músicos
da cidade de Macapá. Os próprios macapaenses desconhecem e nem imaginam que
temos nossos talentos aqui e muito melhores do que bandas que participam de
reality shows em tv.
A música nacional já tem seus
problemas e obstáculos, imaginem o underground nacional? Mas isso não é motivo
para desistir de tentar fazer alguma coisa e claro, sair pela cidade com um
projeto na mão e tentar conseguir patrocínio dos grandes empresários
amapaenses. É fato, eles recebem com muita educação e receptividade, mas na
hora que perguntam do que se trata e respondemos: “É um evento de rock´n roll”, o tempo de visita acaba e
fica a resposta clichê: “Vamos analisar e dar uma resposta”. E nem falo de pedir
mais do que um zero nos valores. Porém, para alguns dos “grandes” ajudarem com
o pouco é demais, isso pode afetar diretamente sua imagem, se, atrelado ao rock´n roll. Mas se for uma banda que
alguma tv disser que é rock, pode.
Recebi o conselho de alguns
amigos: “Diz que é show de melody ou
forró, eles ajudam na hora”. Jamais vou denegrir a imagem do rock´n roll ou do heavy metal, porque
herói é assim mesmo, nem todos sabem de sua identidade mas ele continuam
fazendo o bem por aí. Pedi ajuda dos pequenos empresários e amigos, e estes,
foram os que estenderam a mão e apoiaram, por isso, o underground tem uma
mística que muitos não vão entender. Usando uma frase que ouvi por aí: “O underground é para todos mas nem todos
são para o underground”.
Camila Karina
Nenhum comentário:
Postar um comentário