Quando aquele sentimento de fazer
algo é unido ao cansaço de esperar, acaba sendo. Foi o que aconteceu com os
professores/artistas que compõem a exposição “Apenas Sendo”. Uma iniciativa
independente destes guerreiros e apaixonados pela arte, que em nossa cidade,
ainda não tem o devido valor. Mas isso é pauta para outro texto.
O importante mesmo é falar que,
no último sábado (2), aconteceu a abertura da Exposição coletiva “Apenas
Sendo”, na galeria da Fortaleza de São José de Macapá, com trabalhos
conceituais e reflexivos, e ainda, uma instalação impactante. Se você ficou
curioso, ainda dá tempo de visitar a galeria, até dia 31 de agosto ( tem tempo
hein?).
Tive oportunidade de conversar
com alguns dos expositores, Lene Moraes, Jorge Paulino, Naldo Martins e Rafaela
Sena.
Lene Moraes, expos desenhos muito
bons sobre o universo feminino, com toques de protesto sobre o quanto a
sociedade sufoca a mulher em determinados momentos. Jorge Paulino trouxe mapas
desenhados e na composição, um protesto contra a escravidão que ainda acontece
nas indústrias têxteis da moda.
O que me chamou atenção para o trabalho de
Paulino, foram as obras/protesto contra as linhas com cerol, situação comum no
período de férias em que a garotada aproveita para empinar pipas, porém,
causando medo na população por causa do perigo de morte com as linhas
cortantes.
Rafaela expos colagens incríveis,
com temáticas muito expressivas, muito delicado. Uma arte sutil e forte.
Naldo Martins trouxe o impacto e
reflexão na sua arte. Mas não contarei detalhes, porque você precisa estar lá
para ter qualquer impressão que lhe tire da zona de conforto. Ele também
realizou uma intervenção artística que impulsiona a pensar sobre o que apagamos
da mente e do corpo, com a performance “[A] Pagamento”.
Ainda tem muita arte por lá que
vale a pena ser vista. Por isso, faço o convite à todos que lerem este post.
O cenário artístico amapaense vem
crescendo cada vez mais, pelo esforço dos próprios artistas e sinceramente?
Assim é bem mais valoroso, porque cansar de esperar acaba sendo um combustível infinito
para qualquer trabalho.
Mais fotos aqui
Camila Karina
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