Neste
sábado, 20, o Circuito Universitário de Cinema inicia suas mostras
abertas no Amapá. Com o objetivo de instigar o povo amapaense a debater
sobre os anos de chumbo, tanto no Brasil, quanto nos outros países da
América Latina, o Circuito acontecerá às 14h30, no auditório do Museu
Sacaca, com a exibição do documentário “500”.
As sessões tem o intuito de provocar o debate sobre o tema ditadura
civil-militar e levar ao conhecimento de alunos e universitários
informações, muitas vezes, esquecidas e omitidas desse período. Para
isto, um debate é realizado após a exibição do filme, que contará com o
apoio dos professores de História da escola.
Na ocasião, serão convidados para debater sobre as diversas questões
que cercam as ditaduras que aconteceram ao povo latino, o membro da
Comissão Estadual da Verdade do Amapá, Paulo de Veiga Cabral Filho e o
professor de Comunicação Social da faculdade Estácio Seama, Alexandre
Brito.
Coproduzido aqui pela MPC & Associados 500 – Os Bebês roubados pela Ditadura
Argentina foi filmado no país portenho, e no início de 2014,
no Brasil. Uma das personagens do filme é Estela de Carlotto,
presidente das Avós da Praça de Maio, cujo neto, de 35 anos, acabou de
ser encontrado – a notícia foi manchete nos jornais na primeira semana
de agosto. Com ele, já somam-se 114 os netos encontrados.
O Circuito Universitário de Cinema é um projeto realizado pela MPC & Associados em parceria com a Petrobras.
As mostras são gratuitas e outras sessões ainda acontecerão em instituições de ensino no estado no mês de setembro.
Sobre o filme:
500 – Os bebês roubados pela Ditadura Argentina
Duração: 100 minutos
Gênero: Documentário
Direção: Alexandre Valenti
Sinopse: Entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sombrios anos de
ditadura militar. Neste período, famílias inteiras foram despedaçadas
pela repressão clandestina empreendida por um estado terrorista que
ceifou a vida de cerca de 30 mil argentinos. Dentre as práticas mais
aterradoras deste regime estava o sequestro sistemático de bebês e
crianças, filhos de presos e desaparecidos políticos, que eram
apropriados por seus algozes com espólio de guerra.
A partir da iniciativa das Avós da Praça de Maio criou-se o “Banco
dos 500”, com amostras de seu próprio sangue, o que possibilitou a
descoberta de 114 das 500 crianças sequestradas. Reunidos às suas
famílias reais e às suas verdadeiras identidades, os jovens nascidos nas
maternidades dos campos da morte, juntamente com as Avós da Praça de
Maio confrontam, em 2011, perante o Tribunal de Buenos Aires, os
dignitários da mais sangrenta ditadura Argentina, acusados de genocídio e
crimes contra a Humanidade: um caso histórico, único e universal. O
documentário “500 – Os bebês roubados pela Ditadura Argentina” narra
esta incansável luta das avós e seus netos que continua, diariamente,
até que o último dos “500” seja encontrado.
Fonte: Chico Terra.com
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