Era
uma vez, vários artistas que precisavam de apoio cultural e, mesmo
sabendo a resposta, tentaram tal apoio por mais uma vez... Os artistas
levaram mais um não, e quem sabe, uma risada pelas costas.
O
relato acima não é ficção, não é baseado em fatos, é um fato. Este é o
histórico da falta de apoio das tais instituições culturais que possuem
verba para apoio cultural e que riem todos os dias da cara do artista
que não tem um “Q.I” forte ou qualquer tipo de poder nesses lugares.
Não
consigo entender essa logística e talvez nunca entenda porque não estou
nessas paredes. Mas, a falta de respeito com aquele que faz da arte sua
vida seja, qual for o âmbito, é latente. Não é à toa que valorizo
intensamente a produção underground, independente, que corre
atrás, pede ajuda dos amigos e daqueles que acreditam no talento deles,
ao invés de se inscrever em editais quase sempre atrelados a algum tipo
de manobra. Há também aqueles que dizem apoiar a cena independente, e no
fim das contas usam esse discurso lindo para politicagem/trambicagem e
não entendem nada sobre a real luta artística para ter um lugar ao
palco.
O
que será que acontece nessas instituições que empregam tão mal as
verbas culturais? Porque geralmente escolhem apenas o que convém para os
presidentes, gerentes ou gestores da própria instituição? Porque não
oportunizam novos artistas a terem parte desta verba pública que lhes
cabe? Porque? Porque?
São tantos porquês, que deduzimos todas as respostas e nenhuma delas é positiva. Não é triste?
*Título sugerido pela minha amiga, Hanna Paulino
Camila Karina
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