Violentango: Agressividade apaixonante

Para esta jovem idosa que sempre teve como referencia musical argentina os tangos e milongas de Carlos Gardel, assistir um quinteto de jovens músicos me apresentando ao tango contemporâneo foi uma experiência entorpecente. 

Tal oportunidade foi proporcionada pela apresentação da banda argentina Violentango, e marcou o primeiro dia do bloco de apresentações musicais do Festival Quebramar 2011, no Centro de Difusão Cultural Azevedo Picanço, em Macapá-AP. 

A energia dos portenhos alquimistas Adrian Ruggiero (acordeão), Juan Manuel Lopez (guitarra), Córdoba Santiago (percussão), Ricardo Jusid (baixo) e Camilo Córdoba (guitarra), demonstra de maneira vibrante o tango bailando e se fundindo com o rock, o jazz e o blues. 


A sonoridade progressiva e experimental dos rapazes é coroada por uma exibição de técnica deslumbrante e músicos encantadores. A impressão é a de que o quinteto consegue fazer com que os ritmos e sons se misturem sem nunca perder a essência charmosa e melancólica de Buenos Aires. 

Ouvir a banda instrumental ilustrou perfeitamente uma frase do Gardel. “Não é suficiente ter a voz mais melodiosa para cantar um tango. Não. Você tem que sentir isso também. Você tem que viver o seu espírito”. A Violentango sente e me fez sentir todo esse drama, paixão e agressividade magoada. 

Shows 

A noite também contou com a apresentação das bandas Guitarras do Meio do Mundo (AP), Fabinho Costa (AP) e Tem Deck (AP). 

O Festival Quebramar continua rolando, só que agora os shows também terão como público as águas do rio Amazonas. O palco já está montado no Anfiteatro da Fortaleza de São José de Macapá, e hoje (9) promete ser “um lugar do caralho”!

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Camila Ramos