8 de fevereiro de 2012

Indico - Amor, Liberdade e Solitude.



Neste livro Osho, questiona os fenômenos da humanidade, abrangendo todos os tipos de relacionamentos: modelo tradicional de família está acabando, casamentos que só acabam em divórcio, por que crianças já sabem sobre o sexo antes de entrar na adolescência. Ele diz que vivemos em um mundo pós-ideológico e que isso tudo é motivo de celebração e não de preocupação, sendo que as antigas moralidades estão ultrapassadas. Esse livro acalma muitas mentes em fuga da realidade, assim como fez com a minha. Mostra como restabelecer a individualidade no meio social e como ser feliz sem depender de alguém, estando assim, em paz consigo. Encaixa-se na categoria de auto-ajuda, eu odeio livros de auto-ajuda, porém os livros de Osho trazem ensinamentos e explicações para coisas que todo ser humana questiona como, por exemplo, o Amor, ele foi o único que consegue explicar esse sentimento de forma nua e crua.

Mohan Chandra Rajneesh – Osho (1931), é um líder espiritual indiano, místico, filósofo nada convencional. O instituto Osho diz que ele nunca nasceu, nunca morreu, apenas visitou este planeta Terra entre 11 de Dezembro de 1931 e 19 de Janeiro de 1990. Negócio doido! Eu também estou aqui só de passagem. Seus livros não são escritos, mas sim transcritos de gravações em áudio e vídeo de suas conversas e palestras feitas de improviso. Existe um Resort de Meditação em Puna na Índia conhecido como Koregaon Park onde são ministradas palestras, atividades e meditações ativas (Dinâmica, Nataraj, Nadabrahma e Kundalini). Dá uma olhada na face do rapaz, parece nosso ex-presidente Luiz Inácio. rs


            O livro é dividido em quatro partes: Amor, relacionamentos, liberdade e solitude, tudo isso muito bem explicado. Quando ele fala sobre amor e relacionamentos começa o livro já mencionando a origem da palavra Love e relacionando-a com o que não é amor verdadeiro, fala sobre o amor piegas aquele nauseante também chamado de “usual”. Como o livro é fruto de uma palestra, no decorrer da leitura, ele responde perguntas de alguns participantes e isso torna o livro mais interessante e dinâmico, o leitor tende a identificar-se com algumas delas. Ensina a arte do desapego, esse sentimento que muitas vezes é confundido com amor, fala sobre relacionamentos familiares, de namorados e pessoas casadas.

Quando ele explica sobre liberdade, ensina sobre a “virtude do egoísmo”, essa é a melhor parte do livro, diferencia o egoísmo do orgulho egocêntrico, onde muitas pessoas sentem-se culpadas por querer ser um tanto egoísta, mas na verdade tudo isso faz parte da vida trazendo uma nova visão sobre isso tudo. Osho é um pregador da experimentação e do conhecimento, em um capitulo deste livro ele diz que no livro das escrituras a frase “ame a si mesmo”, é na verdade: “conheça a sim mesmo”. Dessa maneira, desenrola e sustenta seu argumento de acordo com o poder que o ser humano tem de primeiro conhecer a si para depois estabelecer um rumo no meio social.

E por fim ele fala sobre um estado emocional perfeito pra controlar todos esses outros sentimentos já mencionados: a Solitude, o prazer de satisfazer-se sozinho. Sentir ser alguém capaz de tudo, exercer autonomia total, se encher de alegria, e isso é o que atrai outras pessoas para perto, os amigos os filhos, o namorado, o amante e etc.

            Um livro muito interessante e que foge do convencional de sociedade, tornando o convencional um instrumento de questionamento para responder transtornos externos do homem, fazendo com que o que chamamos que é problemas sociais hoje, tornem-se parte de um rumo social que já está engatilhado a muito tempo, jogando fora os tabus de traição, sexo, e outros em questões naturais, mas não idealizando a passividade, mas a participação, estabelecendo assim, uma nova visão sobre os relacionamentos.

"Não tente ser passivo. Como você pode tentar ser passivo? Você pode ficar sentado como um Buddha, mas essa passividade será bem superficial, você estará fervendo, um vulcão - você pode entrar em erupção a qualquer momento...
As pessoas ficam sentadas em Zazen por anos... tentando silenciar a mente, e esta prossegue funcionando, e continua, e continua.
Daí minha ênfase nas meditações ativas. Isso é um equilíbrio. Primeiro fique ativo, tão totalmente que a passividade segue automaticamente. Quando você fica ativo e toda a energia se move, você gostaria de descansar"
    Osho

*NOTA: é muito interessante a prática de meditação ativa a que ele se refere, no site encontramos algumas que podem ser feitas em casa. LINK

LINK PARA visualizar partes do livro on-line e outros livros do autor, (Google books, protegido por direitos autorais).



Aline Vanessa

Nenhum comentário: