10 de abril de 2013

Workshop André Matos: o importante é a substância...o conteúdo!




Mesmo após todas as resenhas e depoimentos lançados na blogosfera local e nacional, o Blog Eu Sou do Norte não poderia se eximir de seu habitual ponto de vista em relação ao evento mais badalado da cena underground ocorrido na última quinta-feira (04) em Macapá. Acompanhamos de perto toda a dinâmica de organização e realização do Workshop André Matos, realizado pela iniciante M&M Produções.


André Matos, que com simpatia recebeu a equipe do blog no Ceta Ecotel, afirmou categoricamente ficar incomodado com o uso do termo Workshow. No entanto após o apresentado no palco, abre-se aspas “permanecemos fiel ao termo que julgamos ser mais conveniente ao que foi apresentado no Teatro das Bacabeiras”. O evento mesclou muito bem a mostra de trabalho do cantor com um mini show por ele apresentado.


Apesar de um atraso fenomenal de 2h e de uma apresentação de palco fraca (meninos não façam mais isso com seu público), o workshop teve mais pontos positivos do que negativos e estes salvaram a dinâmica de um evento realizado em plena quinta-feira e finalizado à 1h da madruga.


Um deles foi a ousada iniciativa de formar a surpreendente banda base somente com músicos e instrumentistas amapaenses, o que se mostrou tão eficaz e sagaz que despontou como ineditismo em workshops de André Matos, “Vá tocar bem assim lá no Amapá”, foram as entusiasmadas palavras do cantor que se sentiu íntimo no ambiente propício a um show de heavy metal, “Vamos ter show em Belém em 18 de maio...vou tentar voltar em Macapá com o show completo” disse André para delírio dos fãs.


“Quando voltar aqui, conto novamente com a presença de todos vocês” disse André à banda (Alexandre Avelar - Guitarra, Eugene Ludwig - Teclado, Vinícius Rocha - Guitarra, Pedro França – Bateria, Danilo Araújo – Baixo e Ruan Diego - Flautista) e aos backing vocals (Hanna Paulino, Vanessa Rafaelly e Matheus Farro) escolhidos a dedo pela M&M Produções.


André fez jus à alcunha de maestro apresentando um workshop didático recheado de ensinamentos valiosos para quem percorre o caminho da música. Temas como matemática da música, história, impostação de voz, falsete, teoria musical, composição, figurino, performance de palco, saúde e anatomia vocal foram apresentados em vídeos e práticas ao vivo, em um ambiente que as vezes, lembrava o de antigos conservatórios gregos, onde jovens silenciosamente ouviam seus mestres para aprender sobre temas como filosofia, musica clássica e outras coisas importantes à vida.


Tenho certeza que, quem não é acostumado ao mundo dos rockeiros amapaenses deve ter estranhado o comportamento de aproximadamente 400 pessoas, que mesmo à meia noite ouviam silenciosamente alguém falar sobre música. Mais uma prova de que este público não é de baderneiros, arruaceiros e drogados, os quais a mídia e a sociedade arcaica tanto insiste em julgar errôneamente. “ Já está na hora de darmos um basta nessa idéia de que somos a escória da músicaMenos axé e mais rock” esbravejava André. “ O rock é o gênero que mais se aproxima da música clássica”, completou.


Além de uma habilidade inegável para ensinar, André mandou muito bem no que sabe fazer de melhor: cantar! E foi cantando (e se movimentando com um sensual jeitão que em muito lembrava Ozzy Osbourne), que André quebrou o gelo cantando Nothing To Say, Lisbon, Rio, Fairy Tale, Carry On, Living for The Night e até uma palhinha da famigerada Wuthering Heights...enfim uma noite memorável para quem aprecia o trabalho do respeitado cantor a  frente das bandas Viper, Angra, Shaman e agora em carreira solo.


Acredito que o melhor ensinamento foi exatamente o mais praticado naquela noite: “o importante não é só o figurino e sim a substância...o conteúdo”. André Matos sim foi puro conteúdo.

Confira abaixo breves trechos da entrevista que o Blog Sou do Norte fez com o cantor antes do show e onde ele confidenciou algumas opiniões e curiosidades:


SDN – O que esperar de seu workshop em Macapá?


Levei muito tempo para desenvolver esse formato de ‘masterclass’, mas sempre pensava que devia ser uma coisa aula completa, então comecei a garimpar um material audiovisual onde eu finalmente consegui encaixar a minha formação musical. De início achava um pouco estranho aquele lance frio, didático, acadêmico, mas comecei a tomar gosto e a partir do primeiro deslanchou. 


SDN –  E o que podemos esperar musicalmente?

Então... eu preparei para Macapá uma coisa diferente, pois em vez de cantar com playback, eu terei uma banda de músicos locais que irá me acompanhar. Ensaiando com a banda fiquei impressionado com o nível dos caras que são extremamente talentosos. Apesar de serem de minha autoria eles conseguiram dar uma interpretação totalmente diferenciada nas músicas. Este é com certeza um dos maiores presente que já recebi.


SDN – No mesmo dia que você toca em Macapá, inicia as vendas de ingressos para o Rock In Rio 2013, do qual você fará parte. Como é está no line-up de um Festival como esse?

Primeiro é a realização de um sonho, porque eu estive na primeira edição do Rock In Rio em 85, eu tinha de 12 para 13 anos de idade e aquele foi o evento que mudou a minha vida, então agora que eu fui convidado a participar como artista eu acho que se encerra um ciclo que começou lá atrás e isso eu até comentei com o dono do Rock In Rio, Roberto Medina. Eu falei a ele “queria te agradecer não pelo convite para tocar neste, mas sim por ter feito o número 1, que para mim foi o que mudou a minha idéia de músico, pois me deu a inspiração de pensar que talvez eu pudesse fazer aquilo da minha vida... que eu pudesse me transformar em um artista daqueles”, então o Rock In Rio pra mim é simbólico, muito simbólico e emocionante.

SDN - Comente um pouco sobre sua a nova turnê!

Essa turnê junta duas coisas importantes, a turnê de lançamento do disco novo da minha banda solo, o The Turn of The Lights que lancei no final do ano passado primeiro fora do Brasil, e recebeu ótimas críticas na Europa e no Japão. Então tem um público ávido pelo lançamento dele aqui o que coincidiu com o aniversário do Angels Cry, meu primeiro disco com Angra e que foi um marco em minha carreira. Então surgiu a idéia de levá-los (os dois álbuns) na integra junto com a minha banda que também possui membros da banda Angra daquela época, tudo isso para não passar em branco, pois merece ser comemorado. Decidimos fazer ao estilo da turnê comemorativa do Viper feita ano passado. Já temos 25 shows marcados e com muita probabilidade de voltarmos em Macapá.

SDN – Qual seu desejo para o cenário metal brasileiro?

Mais valorização de nossos representantes. O Rock é feito por pessoas apaixonadas para pessoas apaixonadas, da mesma forma como a música erudita. Ele não é visado apenas para lucro a exemplo de outros segmentos musicais como axé e pagode. Tô morando parte na Suécia, parte no Brasil e convivendo na Escandinávia e vejo que os governos escandinavos apóiam muito as bandas de lá, sem fazer a tal segregação de estilos. Há apoio igual para vários trabalhos culturais e por isso a cultura lá evolui. O Brasil precisa alcançar este patamar, pois existem fãs e muita gente envolvida nisso, então tem que haver valorização e respeito para todo mundo. Fazemos um trabalho que já deve ser levado a sério. Cultura não pode se restringir a apenas um grupo.

 


 Beliza Alfaia


6 comentários:

Rafael disse...

Na boa... isso tá muito mal escrito. O conteúdo tá muito bom mas os erros de gramática, redundâncias e erros de português estão matando a resenha. .-.
E acho que todos concordam que o jeito do André em nada lembra o jeito do Ozzy. Oo
Talvez a pressão que ele exerce no lugar assim que ele entra (que é uma coisa de louco) mas é só =)

CAMILA FERREIRA disse...

"Na boa" Rafael, seu critério para analisar o texto é puramente de um fã ofendido só porque houve um comparativo do André Matos com Ozzy? A resenha demonstra claramente a visão da própria pessoa que escreveu, não o que gostariam de ler, muito menos um texto de assessoria do A.M ou para fãs.

Resenha é algo pessoal.

Rafasoul disse...

Falando assim você está certa mas não sou um fã ofendido, adoro os dois. Só quis postar a minha opinião que também é uma coisa pessoal. Mas que tem erros de português e de gramática, isso tem.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Sem problema seu coment Rafael! Adoro gente de opinião msm \m/

Já sobre os erros de português e gramática, devem ter passado msm, pois fiz a resenha e a transcrição da entrevista na íntegra durante a madruga e com um sono louco...detalhe: postei sem a opinião do nosso revisor oficial :P portanto vai desculpando aê e me aponte onde estão os erros encontrados, pois pior do que errar é permanecer no erro! Até +

Hanna Paulino disse...

Bem, falando como colaboradora do ESN e também como uma Licenciada em Letras (habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Luso-Brasileira) digo que o texto está muito bem escrito! Não percebi erros na redação da Beliza...
Enfim, gostaria que você apontasse os erros encontrados para assim tornarmos nosso Blog um meio de comunicação cada vez mais bem elaborado e democrático.

Hanna Paulino - HidraH