A chuva fez com que o Liberdade ao Rock deste sábado (21) não rolasse. O que é uma pena, porque a idéia de realizar o evento junto com o manifesto contra a demolição do prédio da escola de artes Cândido Portinari foi louvável, e demonstra a conciência cultural e cidadã dos agentes da cena underground macapaense.
Órfãos de rock bars, o povo que saiu de sua casa pra ouvir o bom e velho rock’n roll se sentiu desolado depois da negativa do Liberdade. Particularmente ideia de ir ao bar do Francês estava estigmatizada em razão de uma apresentação musical um tanto questionável presenciada no dia anterior. Dessa forma, o que fazer? Para onde ir? A equipe do ESN respondeu a essa indagação com uma solução um tanto duvidosa: fomos ao Vitruviano Bar.
Sim, sim, o ambiente é tudo, menos underground. Chegamos lá com o nosso figurino típico e milagrosamente conseguimos duas das mesas tão disputadas pelos plays de plantão. Depois de tomarmos algumas ao som de musica de barzinho, sobe ao palco a banda The Hides. Essa era a nossa deixa.
Nos posicionamos estrategicamente em frente ao palco e começamos com uma piração digna de qualquer boa rockada. A The Hides entrou na onda e seguiu tocando um repertório mais pesado para o pesar da playboyzada, e o nosso contentamento. Em determinado momento, Henrique, o vocalista da banda, se pronunciou: “Pessoal, eu sei que é um tanto estranho tocar rock em uma casa como o Vitruviano, mas é que hoje o público...”. Traduzindo: "Sei que vocês estão estranhando o comportamento dessas garotas aqui na frente". (sagaz comentário de Camila Karina) rss.
Os funcionários da casa, tão escandalizados quanto os seus frequentadores, chegaram a colocar um segurança para nos impedir de subir no palco e atacar os músicos, ou machucar alguém. Foi hilário. Evacuaram a área em que estávamos dançando para preservar a segurança e o decoro de alguns clientes diretamente expostos aos nossos “bangueamentos”.
Estávamos rodeados por comentários do tipo: “Olha só pra elas, olha só pras roupas delas, olha o jeito que elas estão dançando...”. Teve também “Olha elas tocando guitarra imaginária...”. Minutos depois essas mesmas pessoas se levantaram e arriscaram uns passinhos junto conosco, empolgados com o quê grunge da nossa presença alí. Enfim, pode-se dizer que transformamos o Vitruviano em uma extensão do finado Mosaico Lounge Rock.
A noite foi surpreendentemente divertida, memorável e estupidamente rock’n roll. As caras novas, a música contagiante da banda que, vale ressaltar, atendeu a todos os pedidos da galera, e o clima de “vamos quebrar tudo” fizeram do Vitruviano o point alternativo mais chique da cidade por uma noite.
A comitiva “amigos do rock” era formada por mim (Camila Ramos), Camila Karina, Hellen Cortezolli, Beliza Alfaia, Orielson e Jairo da banda Gravydade Zero, e as amigas Gabriela Lima e Wanessa Deniur.
No sábado, dia 21 de maio de 2011, o mundo não acabou, mas o Vitruviano Bar nunca mais será o mesmo.
P.S.: Esperamos que algum empresário empreendedor invista em uma casa de rock, ou algo do gênero, e nos impeça de invadir a Ibiza ou o Haras qualquer dia desses. (brincadeirinha)
P.P.S: O evento Liberdade ao Rock em frente ao Cândido Portinari foi transferido para o dia 4 de junho.
Órfãos de rock bars, o povo que saiu de sua casa pra ouvir o bom e velho rock’n roll se sentiu desolado depois da negativa do Liberdade. Particularmente ideia de ir ao bar do Francês estava estigmatizada em razão de uma apresentação musical um tanto questionável presenciada no dia anterior. Dessa forma, o que fazer? Para onde ir? A equipe do ESN respondeu a essa indagação com uma solução um tanto duvidosa: fomos ao Vitruviano Bar.
Sim, sim, o ambiente é tudo, menos underground. Chegamos lá com o nosso figurino típico e milagrosamente conseguimos duas das mesas tão disputadas pelos plays de plantão. Depois de tomarmos algumas ao som de musica de barzinho, sobe ao palco a banda The Hides. Essa era a nossa deixa.
Nos posicionamos estrategicamente em frente ao palco e começamos com uma piração digna de qualquer boa rockada. A The Hides entrou na onda e seguiu tocando um repertório mais pesado para o pesar da playboyzada, e o nosso contentamento. Em determinado momento, Henrique, o vocalista da banda, se pronunciou: “Pessoal, eu sei que é um tanto estranho tocar rock em uma casa como o Vitruviano, mas é que hoje o público...”. Traduzindo: "Sei que vocês estão estranhando o comportamento dessas garotas aqui na frente". (sagaz comentário de Camila Karina) rss.
Os funcionários da casa, tão escandalizados quanto os seus frequentadores, chegaram a colocar um segurança para nos impedir de subir no palco e atacar os músicos, ou machucar alguém. Foi hilário. Evacuaram a área em que estávamos dançando para preservar a segurança e o decoro de alguns clientes diretamente expostos aos nossos “bangueamentos”.
Estávamos rodeados por comentários do tipo: “Olha só pra elas, olha só pras roupas delas, olha o jeito que elas estão dançando...”. Teve também “Olha elas tocando guitarra imaginária...”. Minutos depois essas mesmas pessoas se levantaram e arriscaram uns passinhos junto conosco, empolgados com o quê grunge da nossa presença alí. Enfim, pode-se dizer que transformamos o Vitruviano em uma extensão do finado Mosaico Lounge Rock.
A noite foi surpreendentemente divertida, memorável e estupidamente rock’n roll. As caras novas, a música contagiante da banda que, vale ressaltar, atendeu a todos os pedidos da galera, e o clima de “vamos quebrar tudo” fizeram do Vitruviano o point alternativo mais chique da cidade por uma noite.
A comitiva “amigos do rock” era formada por mim (Camila Ramos), Camila Karina, Hellen Cortezolli, Beliza Alfaia, Orielson e Jairo da banda Gravydade Zero, e as amigas Gabriela Lima e Wanessa Deniur.
No sábado, dia 21 de maio de 2011, o mundo não acabou, mas o Vitruviano Bar nunca mais será o mesmo.
P.S.: Esperamos que algum empresário empreendedor invista em uma casa de rock, ou algo do gênero, e nos impeça de invadir a Ibiza ou o Haras qualquer dia desses. (brincadeirinha)
P.P.S: O evento Liberdade ao Rock em frente ao Cândido Portinari foi transferido para o dia 4 de junho.
Camila Ramos
11 comentários:
Sei bem como é, mais ou menos um mês atrás, eu e Camila Karina fomos lá. O local é muito bacana e a banda também, mas o público não passa nem perto de rock. No início, me senti como um cachorro dentro de um aquário, mas depois tomei umas e curti o som e a CK dançou muito, como ela sempre faz. Vale a pena invadir os espaços elitizados de vez em quando. Texto bacana, bjo do gordo!
Sim, sim, é bom dar uma inovada de vez em quando, e o Vitruviano é um local super bacana, eu recomendo. Somos a prova viva de que a diversão está dentro de nós, e em nossas companhias.
Vlw Elton!
=*
hauhauhauha a noite foi realmente rock'n roll!
Resenha show cami!
Amei a resenha também. "Esperamos que algum empresário empreendedor invista em uma casa de rock, ou algo do gênero, e nos impeça de invadir a Ibiza ou o Haras qualquer dia desses", pelamordedelso, e que seja urgente... A CK conseguiu nos arrastar para o Vitruviano, mas Ibiza e Haras, não por favor ¬¬ kkkkk. Não quero passar pela experiência de ver os clássicos do rock "coreografados". hahahahahahaha.
Ao contrário do que possam pensar, e do que à primeira vista possa parecer, o Vitruviano não é um local elitizado. Não quando a The Hides é a banda principal!! Digo isso porque acompanho a The Hides (como fã e por razões sentimentais) desde a época do querido Good Night, que, quando fechou suas portas, deu como única alternativa de diversão na noite de sábado amapaense acompanhar a banda que lá tocava, e assim os malucos invadiram o Vitruviano Bar. Não é constante a presença do público que curte rock (e nem representam a maioria), mas não podemos generalizar: o Vitruviano é uma alternativa para a noite amapaense há tempos carente de um bar que toque rock (e não um rock bar), e vale a pena se divertir ao som da The Hides! Palavra de quem ouviu, ouve e sempre quer ouvir um bom rock, e com o falecimento de Liverpool e recentemente Mosaico Lounge Rock, o Vitruviano é uma boa alternativa.
kkkkk... Massa Camila. Achei legal como tu trouxestes o texto pra uma atividade que não rolou pra uma procura e encontro emergencial de um local rsrs... Adoro textos em primeira pessoa .
Achei mais engraçado que rolou aquela história bem clichê do tipo: "estamos fora em um lugar estranho e todos estão nos olhando rs". Mais engraçado ainda é que vocês (tu) meio que demonstraram uma preocupação pela forma como os outros estavam reagindo e tal. Nós temos que ter a convicção que somos legais e os playboys/girls são pregos. Por isso eles é quem tem que entrar na nossa.
Há braços!!!
Não tem nada a ver com preocupação e sim com humor. Pq levamos a situação pro lado do bom humor. :)
Foi isso que a CK disse Paulo Zab. Se nós nos sentíssemos desconfortáveis como em outros locais onde fomos... teríamos ido embora ou ficado o menor tempo suportável. Só achamos engraçado. Eu achei que isso nem rolasse mais... do povo ficar olhando.rsrs Bons coments!
rs... Ok... De qualquer forma isso também é engraçado rs ;)
Ei, quando vcs forem da um UP novo no Vitru d novo, me convidem!!!
É nóis joca!!
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